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A RÚSSIA DOS CZARES por Emanuel Vladimir Castro (parte 3)
- Emanuel Vladimir Castro
- 27 de jan. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de fev. de 2022

Em 30 de maio de 1662, nascia Pedro – o Grande, que se apaixonaria por barcos, guerras, ideias e poder. No entanto a Moscóvia do século XVII parara na Idade Média. A Rússia não passou pela Renascença e nem pela revolução cientifica do século XVII. Pedro, que nascera em um ambiente medieval, era fascinado por tudo que fosse novo, moderno ou ocidental; pessoas, ideias e até roupas. Em 1696, ele assumiu o controle do estado, que dividira com seu meio irmão por anos e dirigiu sua atenção para a Europa. Seu desejo era tirar a Rússia do isolamento e trocar tecnologias, ideias e criar um comercio sólido com o Oeste, e por isso ele precisava de portos, tanto no Mar Negro, como no Mar Báltico, visto que a Rússia tinha saídas para o mar.
Pedro – o Grande foi o primeiro Czar a visitar o ocidente, a Europa. No inverno de 1697 ele iniciou uma viagem que duraria um ano e meio pela Europa. Quando voltou para casa e comparou o seu reino com a Europa, ele não ficou feliz. Sua capital Moscou era primitiva e sombria, a nobreza parecia medieval com suas barbas e cafetãs. Pedro resolveu mudar tudo. Ele sonhava com uma nova nação, um Rússia ocidentalizada, um império inspirado na Europa, uma terra de ordem, progresso e poder.
Uma obsessão moldaria o reinado de Pedro, um porto russo na costa báltica. Uma janela que abriria a Rússia para o mundo. Mas em 1700 esse território pertencia a Suécia. Então, Pedro foi à guerra e, em 1703, os russos dominaram uma praia no báltico, às margens do golfo da Finlândia. Em uma ilha pantanosa, onde o Rio Neva deságua no golfo, Pedro declarou a sua conquista. Em maio de 1703, Pedro pegou um machado e começou a construir a cidade conhecida hoje como São Petersburgo, em homenagem a seu fundador. Mais que uma nova cidade, São Petersburgo era a fundação de uma nova sociedade. Ele deslocou toda a sua corte e ordenou que construíssem novos lares na janela para o ocidente. E, em 1711, o Czar transferiu a capital da Rússia para a sua nova cidade no báltico. Sua lista de inovações e reformas parecia infinita; o primeiro jornal russo, o primeiro hospital, o primeiro museu, escolas de navegação, geografia, matemática, política e astronomia, uma nova marinha, um novo exercito, uma nova capital. E reclamou para si um novo titulo imperial: não Czar, mas Imperador, autocrata de todas as Rússias.

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